SALMO 119.105

A tua palavra é lâmpada para guiar os meus passos,é luz que ilumina o meu caminho.
Sl. 119.105

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

VIDA NO ALTAR


Dn 1:8
O que é vida no altar? O altar é um local de morte. É ali que nossa vida deve ser colocada como um sacrifício para Deus. No altar nós morremos para as nossas próprias convicções, vontades, desejos, expectativas, etc., a fim de podermos viver uma nova vida para Deus. No altar morre o velho homem. No Antigo Testamento, quando o sacrifício queimava, subia um cheiro que se desprendia do animal sacrificado. É isso que o Senhor espera de nós. Que, quando nossa vida for a Ele oferecida, possamos liberar um cheiro suave a fim de lhe agradarmos (Êx 29:18). Restaurar o altar significa restaurar a comunhão com Deus e com o seu povo (a Igreja).
Daniel foi um jovem que demonstrou ter vida no altar, pois resolveu não contaminar-se com as iguarias do rei. Vida no altar é uma atitude, um estilo de vida, uma decisão. Daniel decidiu não contaminar-se, ele priorizou ter um padrão de santidade. Este estudo pretende nos levar a ter as atitudes de Daniel.
                      
1. MANTENDO UM PADRÃO DE SANTIDADE
a) Mesmo em um ambiente propício ao pecado, Daniel manteve-se fiel a Deus. Você tem cedido aos pensamentos que querem conduzi-lo ao pecado? (Fp 4:8)
b) Se os seus pensamentos estiverem cheios de Deus e da sua Palavra, certamente você terá pensamentos bons a seu respeito e a respeito das pessoas. (Zc 8:17)
c) O que levou Daniel a ter um padrão de santidade?  (Dn 6:5,6,10)

2 – RENUNCIANDO A PRÓPRIA VONTADE
a) Daniel propôs em seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei, rejeitar o manjar apetitoso; o prato delicado e delicioso; a boa comida do rei. Daniel sabia que aquelas iguarias seriam motivos de escárnio, zombaria e dito picante por parte daqueles que sabiam ser ele temente a Deus. Você tem rejeitado os manjares do mundo? (1Jo 2:15-17)
b) O Apóstolo Paulo em Romanos 8:5-11, afirma que a carne tende para a carne e o espírito para o espírito. Quando alimentamos a vontade da carne é a carnalidade que vai prevalecer em nossas vidas. (Gl 5:16-25)
c) Como se conquista uma vida no altar? (1Ts 4:3,4,7)

3 – RESISTINDO AO DIABO
a) Hoje, de várias maneiras, o mundo tenta nos contaminar. Nabucodonosor enviou iguarias e vinho para que Daniel e seus amigos se misturassem com os babilônicos. Da mesma forma, o diabo envia a cada dia, uma porção das iguarias do mundo para contaminar a geração que decidiu ser santa ao Senhor. (Tg 4:7)
b) Daniel foi um verdadeiro valente que lutou contra as forças do mal (Ef 6:11-13). Ele usava sempre armas das mais sofisticadas e mais poderosas como a intercessão, sabedoria (Pv 9:10; Tg 1:5) e o conhecimento da Palavra de Deus (Dn 1:17).

CONCLUSÃO: Assim como Daniel, vivemos em uma época marcada pela degradação moral da sociedade, por isso precisamos expressar Deus ao mundo através de nossas vidas e ações. Mas para isso necessitamos urgentemente ouvir e obedecer a voz de Deus numa base contínua e permanente. Como isto poderá acontecer? Através de uma vida no altar. Priorize a busca da santificação de sua vida, família e Igreja (Hb 12:14).

sábado, 4 de dezembro de 2010

GRATIDÃO

Aquilo que nós plantamos, nós colhemos

Em Jerusalém
Em agosto de 2001, Moshê (nome fictício), um bem sucedido empresário judeu-americano, viajou para Israel a negócios.
Na quinta feira, dia nove, entre uma reunião e outra, o empresário aproveitou para ir fazer um lanche rápido em uma pizzaria na esquina das ruas Yafo e Mêlech George, centro de Jerusalém.
O estabelecimento estava superlotado. Logo ao entrar na pizzaria, Moshê percebeu que teria que esperar muito tempo numa enorme fila, se realmente desejasse comer alguma coisa – mas ele não dispunha tanto tempo.
Indeciso e impaciente, pôs-se a ziguezaguear por perto do balcão de pedidos, esperando que alguma solução caísse do céu.
Percebendo a angústia do estrangeiro, um israelense perguntou-lhe se ele aceitaria entrar na fila na sua frente. Mais do que agradecido, Moshê aceitou. Fez seu pedido, comeu rapidamente e saiu em direção à sua próxima reunião.
Homem-bomba
Menos de dois minutos após ter saído, ele ouviu um estrondo aterrorizador. Assustado, perguntou a um rapaz que vinha pelo mesmo caminho que ele acabara de percorrer o que acontecera. O jovem disse que um homem-bomba acabara de detonar uma bomba na pizzaria Sbarro`s…
Moshê ficou branco. Por apenas dois minutos ele escapara do atentado. Imediatamente lembrou do homem israelense que lhe oferecera o lugar na fila.
Certamente ele ainda estava na pizzaria.
Aquele sujeito salvara a sua vida e agora poderia estar morto.
Atemorizado, correu para o local do atentado para verificar se aquele homem necessitava de ajuda. Mas encontrou uma situação caótica no local.
A Jihad Islâmica enchera a bomba do suicida com milhares de pregos para aumentar seu poder destrutivo. Além do terrorista, de vinte e três anos, outras dezoito pessoas morreram, dos quais seis eram crianças. Cerca de outras noventa pessoas ficaram feridas, algumas em condições críticas.
As cadeiras do restaurante estavam espalhadas pela calçada.
Pessoas gritavam e acotovelavam-se na rua, algumas em pânico, outras tentando ajudar de alguma forma.
Entre feridos e mortos estendidos pelo chão, vítimas ensangüentadas eram socorridas por policiais e voluntários. Uma mulher com um bebê coberto de sangue implorava por ajuda.
Um dispositivo explosivo adicional montado pelos terroristas já estava sendo desmontado pelo exército.
Moshê procurou seu “salvador” entre as sirenes sem fim, mas não conseguiu encontrá-lo.
Ele decidiu que tentaria de todas as formas saber o que acontecera com o israelense que lhe salvara a vida. Moshê estava vivo por causa dele.
Precisava saber o que acontecera, se ele precisava de alguma ajuda e, acima de tudo, agradecer-lhe por sua vida.
O senso de gratidão fez com que esquecesse da importante reunião que o aguardava.
Ele começou a percorrer os hospitais da região, para onde tinham sido levados os feridos no atentado.
Finalmente encontrou o israelense num leito de um dos hospitais. Ele estava ferido, mas não corria risco de vida.
Moshê conversou com o filho daquele homem, que já estava acompanhando seu pai, e contou tudo o que acontecera. Disse que faria tudo que fosse preciso por ele. Que estava extremamente grato àquele homem e que lhe devia sua vida. Depois de alguns momentos, Moshê se despediu do rapaz e deixou seu cartão com ele. Caso seu pai necessitasse de qualquer tipo de ajuda, o jovem não deveria hesitar em comunicá-lo.
Em Nova Iorque
Quase um mês depois, Moshê recebeu um telefonema em seu escritório em Nova Iorque daquele rapaz, contando que seu pai precisava de uma operação de emergência. Segundo especialistas, o melhor hospital para fazer aquela delicada cirurgia fica em Boston, Massachussets.
Moshê não hesitou. Arrumou tudo para que a cirurgia fosse realizada dentro de poucos dias. Além disso, fez questão de ir pessoalmente receber e acompanhar seu amigo em Boston, que fica a uma hora de avião de Nova Iorque.
Talvez outra pessoa não tivesse feito tantos esforços apenas pelo senso de gratidão. Outra pessoa poderia ter dito “Afinal, ele não teve intenção de salvar a minha vida: apenas me ofereceu um lugar na fila.”
Mas não Moshê. Ele se sentia profundamente grato, mesmo um mês após o atentado. E ele sabia como retribuir um favor.
Salvo pela segunda vez
Naquela manhã de terça-feira, Moshê foi pessoalmente acompanhar seu amigo – e deixou de ir trabalhar. Sendo assim, pouco antes das nove horas da manhã, naquele dia onze de setembro de 2001. Moshê não estava no seu escritório no 101º andar do World Trade Center Twin Towers.
* Zev Roth, escritor e pesquisador de histórias de vida da comunidade judaica em todo o mundo, vive atualmente em Israel.
Notas
1. Matéria publicada originalmente pela Targum Press, em 2002.
2. Conteúdo relatado em palestra pelo Rabino Issocher Frand.
3. Publicado com a permissão do Monsey, Kriyat Sêfer, and Beyond”
Por Willian Silvano